A Mudança

11/10/2017

                       "Você me deu vida e mais...

Não tenho palavras para expressar minha gratidão."



-Boooooommmm dia minha doçuraaaaa... Ai que cheiro bom tem essa casa...

Sua essencia invadiu minha casa. Ela já entrava sem cerimonia. Já não era mais visita e eu já havia lhe dado uma cópia das chaves da minha casa.

-Bom dia Meu Doce Anjinho...

-Sabe que eu fico toda arrepiada quando voce me chama assim? Sua voz me passa tanto carinho quando fala assim comigo.

-É? Então retribui esse carinho com um beijo.

Ela já estava pronta para irmos trabalhar. Vinha na minha casa cada dia mais cedo. Parecia que ela não dormia.

-Alanya, um dia desses voce vai chegar aqui tão cedo que vai me encontrar pelado...

-Eu saio correndo, seu tarado...

-Meu Doce Anjinho, é tão gostoso quando voce entra assim na minha casa. Toma o desejum comigo e me ajuda a me arrumar. Sou o homem mais sortudo do mundo!

-E o mais amado também.

-Mas, Doçura, me fala como voce faz pra que a sua casa tenha esse cheiro tão gostoso?

-É o seu cheiro, Anjinho. Esse cheiro gostoso da minha casa vem de voce. E já está em tudo.

-Então se eu parar de vir aqui sua casa vai ficar fedorenta, seu porcão?

-Mais ou menos isso.

Pareciamos marido e esposa brincando com trivialidades logo pela manhã. Eu adorava aquilo. Nos esforçãvamos ao máximo para alegrar o dia um do outro. E eu nunca imaginei o quanto aquilo me faria falta.

-Vai lá se arrumar, seu folgado.

Subi para o quarto, tirei o short e vesti a calça. Logo depois ela veio. Abriu meu armário e escolheu uma camisa.

-Use essa, meu amor. Quero te ver com essa camisa o dia todo. Adoro ela!

Terminei a árdua tarefa de me arrumar e fomos abraçadinhos para a garagem. Embora ela após a promoção já tivesse a sua própria moto, fazia questão de ir e voltar comigo.

-Essa sua garagem tem espaço de sobra.

-Se fosse no Brasil eu montaria um restaurante aqui.

-Voce ficaria rico, pois sua comida é deliciosa. Vamos montar um restaurante em Kiev? Voce cozinha, ganha muito dinheiro e eu gasto tudo. O que acha?

-Para de falar bobagem, mulher. Sobe aí e vamos embora.

-Falta uma coisinha...

Antes de eu colocar o capacete ela veio, deu a cheiradinha e me beijou. Mas agora não era mais selinho. Nos beijamos com paixão.
Como de costume, chegamos cedo na empresa o que nos garantia mais algum tempo para um café e mais algumas trivialidades.
Um membro da equipe chegou e se juntou à nos na mesa da copa.

-Bom dia Capitão. Bom dia Alanya.

-Bom dia.

Respondemos em coro.

-Ainda não me acostumei com essa história de Capitão...

-É que...

-Não precisa explicar.

Interrompi. Alanya se levantou para buscar mais café.

-Viu como nosso chefe está bonito hoje?

-Essa camisa fica muito bem no senhor, Capitão.

-Minha namorada quem escolheu.

Alanya com uma carinha de anjo sem vergonha disse:

-Bem que eu gostaria de ser essa que escolhe suas camisas.

-Chegou tarde Alanya. Ela foi mais rápida que voce.

-Ela saiu bem tarde da sua casa ontem.

-Tá me vigiando?

-É que eu estava me preparando pra dormir e fui até a varanda tomar um ar e por coincidencia a vi sair. Mulher de sorte.

-Deixa ela saber que voce está me vigiando.

-Ciumenta ela?

-Não é ciumenta, mas cuida do território.

-Então ela deve estar muito invocada comigo, porque pego carona na ida e na volta com voce todos os dias.

-Ela comentou isso...

-Ué, voces não estão namorando? Fizemos até uma aposta que voces estariam namorando. Afinal não desgrudam um do outro.

-Não estamos namorando. E chega desse assunto pois está na hora de trabalhar.

Entramos na sala, Alanya e eu. Ela sentou em sua mesa e ficou me olhando com um sorrisinho.

-Achei que voce ficaria todo sem graça!

-Boa tentativa. Tente outra vez pra ver se voce consegue.

Após a promoção, passamos a dividir a sala. Alanya e eu agora estavamos cada vez mais unidos. Fui chamado para uma reunião.

-Até daqui a pouco Meu Doce Anjinho.

Ela me respondeu enviando um beijinho com a mão. A liderança da empresa passou a me cobrar muito mais após a promoção de Alanya. Fui comunicado que viajaria para a Cidade do Cabo no dia seguinte para uma conferência de tres dias. Reunião encerrada, voltei para a minha sala.

-Anjinho, terei que viajar amanhã para a Cidade do Cabo. Ficarei lá por tres dias.

-Posso ir com voce?

-Não dessa vez, Anjinho.

A fisionomia dela mudou. Percebi que ela não gostou.

-Posso dormir na sua casa durante esses tres dias?

-Claro que sim.

Ela se animou.

-Oba... Vou fazer umas pequenas mudanças na sua casa e garanto que voce vai gostar.

-Alanya, não inventa...

-Deixa comigo. Se voce não gostar desfazemos tudo.

Fomos almoçar. Sempre tomávamos o cuidado de nunca almoçarmos no mesmo lugar que o restante da equipe, assim poderiamos namorar um pouquinho.

-O pessol ta desconfiado de nós.

-O que voce queria, Anjinho? Não desgrudamos mesmo. Acabaremos tendo problemas com a empresa. Acabarão nos separando.

-Não são loucos de fazer isso. Somos uma dupla eficiente. Estatisticamente a melhor equipe que a empresa tem.

E continuamos o almoço. Sempre tinhamos assunto e raramente conversavamos sobre trabalho fora da empresa. Ela falou sobre a vontade que tinha de me acompanhar nas viagens e eu disse que estava trabalhando nisso. A tarde passou e saimos um pouco mais cedo para eu arrumar minha mala.

-Durante os próximos tres dias serei a dona absoluta de tudo o que é seu.

-Voce já é, Anjinho.

-Mas nesses dias estarei morando aqui. Me enrolarei nas suas cobertas como se fosse voce me abraçando. Tomarei banho com seu sabonete como se fosse sua mão me acariciando. Usarei sua casa como se fossemos casados.

-Espera um pouco...

E saiu correndo porta a fora sem fechar. Voltou segundos depois com um travesseiro nas mãos.

-Toma, leva com voce e dorme comigo.

Sentamos na minha cama e ficamos conversando sobre nossas vidas. Ela viajava na idéia de sermos marido e esposa. Então ela deitou a cabeça na minha perna e fiquei acariciando sua cabeça. De repente levantou e, sem dizer nada, desceu. Voltou segundos depois.

-Vem comigo...

Me estendeu a mão. Quando chegamos na sala ela havia colocado uma música romantica e afastado a mobilia.

-Dance comigo. Estou carente.

E dançamos e namoramos por varias horas. Ela sempre deliciosamente na ponta dos pés, pendurada no meu pescoço. Se aninhava no meu peito e me abraçava forte.

-Ahhhh Doçura, como é bom ter voce comigo. Sou tão feliz ao seu lado.

Mais tarde arrumamos minha mala e deitamos na minha cama. Coloquei um filme e ela deitou no meu ombro com o corpo coladinho no meu. E adormeceu. Estava tão gostoso que dormi também. Acordei com uma mecha de cabelos louros passeando pelo meu rosto.

-Acorda meu amor. Vou te levar no aeroporto. Tome um banho e se arrume enquanto preparo seu desejum.

Eu me maravilhava com o esforço dela em me agradar. Cuidava muito bem de mim. Após o banho desci e a abracei por trás e comecei a beijá-la no pescoço, como ela gostava. Eu amava o cheiro dela. Amava tudo nela.
Ela se virou e me beijou.

-Oi gostoso. Pode continuar...

-Anjinho, já estou com saudades.

-Então me cheira mais para voce nunca esquecer. Sou toda sua mesmo, então faça o que quiser.

Comecei a acariciá-la com as mãos. Ela fechou os olhos, demonstrando gostar demais quando eu a tocava. Era tão bom percorrer seu corpo com as mãos. Sua cabeça, seu pescoço, seus ombros, seus braços, suas costas, sua cintura... E eu a abraçava... Ela jogava o peso do seu corpo contra mim. Tomamos o desejum juntos. Sempre conversando, rindo e fazendo gracinhas um para o outro. Então cinicamente falei:

-Voce baba.

-E voce ronca.

-É cabelo seu dentro do meu nariz. Olha aqui o tamanho desse fio saindo da minha boca.

-Se te incomoda eu corto curtinho.

-E eu guardo, faço uma peruca, uso e viro uma travesti loura.

-Vai ficar linda. Com esse ombrão largo e essa cara de macho. Será a travesti mais esquisita de todo o continente africano. Até os macacos vão rir de voce.

-E voce, Anjinho? Vai gostar de namorar uma travesti esquisita?

-Contanto que não use as minhas roupas...

Gargalhávamos deliciosamente. Era muito bom vê-la rir daquele jeito. Estavamos satisfeitos um com o outro.

-Voce é muito diferente dos homens que eu conheci. É gentil, amável e carinhoso. Nada do que eu faça te irrita ou te incomoda. Voce nunca reclama de nada!

-Vou reclamar de estar feliz? Tenho uma mulher maravilhosa ao meu lado. Tenho um ótimo emprego. Tenho uma gostosona dentro da minha sala o dia todo. Vou reclamar do que?

-Um dia desses vou lá no seu trabalho encher essa gostosona de tapas. Vai ser um show.

-Ora, Anjinho, entre os seus defeitinhos não está o ciume.

-É, mas essa gostosona já está me irritando demais. Passa o dia todo te fungando. Mulher irritante. Chatice.

-Vem cá, minha gostosa. Senta aqui no meu colo que vou te dar um castigo.

Ela sentou no meu colo com um pedaço de queijo na boca.

-Prova esse queijinho. Olha que gostosinho.

-Eu provo é esse queijão louro. Essa coisa branca, loura e de olhos azuis que tanto amo.

E comecei a beijar seu corpo fazendo cócegas. Novamente ela gargalhava e gritava, esperneando muito, até que caimos da cadeira. Eu fingindo que tinha me machucado:

-Ai, ai. Tá doendo.

-Me fala onde que dou beijo pra melhorar.

-Aqui, ó!

E apontei para a boca. Ela me beijou gostoso ali deitado no chão. Deitou em cima de mim.

-Esse chão tá muito gelado. Ainda bem que tenho algo quentinho pra deitar em cima.

-Anjinho, tá na hora.

Levantamos, me arrumei e saimos. Deixei que ela pilotasse a moto e fui levando minha mala. Entramos no aeroporto, fiz o chek-in e fomos nos despedir. Aos beijos como um casal ainda em lua de mel.

-Docinho se comporte. Não esqueça que voce tem dona. Se voltar faltando algum pedacinho vai se ver comigo.

Me abraçou muito forte, como se não quisesse que eu partisse. Embarquei. Vi que ela chorava. Chegando na Cidade do Cabo liguei para ela.

-Alô, quem tá falando?

-É a boca.

-Volta pra cá seu engraçadinho e vai ver o que farei com essa boca.

-Cheguei bem, Anjinho.

-Fique bem, meu amor. Saudades de voce.

Felizmente os tres dias passaram bem rápido. Na sexta feira a tarde eu estava no aeroporto novamente. Liguei para ela.

-Anjinho, vou embarcar daqui a pouco.

-Tá bem, Doçura, Vou te buscar e chegando em casa vai passar pela vistoria. Quero ver se não tá faltando nada.

O voo foi rápido e ela já estava me esperando. Depois de muitos beijos, abraços e gemidos...

-Vamos, vamos, vamos. Tenho uma surpresa para voce.

É tradição na Ucrania dar presentes, e eu não esquecia disso nunca. Nem que seja um chocolate, mas dar presentes é algo que nunca pode ser esquecido. Todas as sextas feiras eu dava flores para ela, e como eu estaria viajando, pedi ao florista que entregasse na empresa. Ela agradeceu pelas flores e fomos para casa. Lá chegando, já me surpreendi com a moto dela na minha garagem, mas nada falei. Então ela me disse para eu desfazer a mala enquanto ela prepararia o jantar. Subi, abri a mala e separei as roupas que não usei. Quando abri o armário, me deparei com as roupas dela, caprichosamente arrumadas.

-Alanya, venha cá.

-Ahhh era essa a surpresa de que te falei. Não ficou ótimo? Que bom que seu closet é maior que o meu. Nada ficou espremido. Veja aqui, coloquei suas cuecas para um lado e minhas lingeries do outro dentro da mesma gaveta, Deu certinho.

-Alanya, voce mudou pra cá?

-Mudei. Minha casa tá grande e solitária demais pra mim. Não gosto mais de lá. E como passo mais tempo aqui do que lá, achei que seria mais eficiente eu estar aqui de vez.

E falava feito matraca.

-Anjinho, e a empresa? Como faremos? Eles pagarão um aluguel carissimo por uma casa vazia?

-Segunda resolveremos isso. Devolverei a minha casa e vamos assumir nossa relação de vez. Já tá mais do que na hora de acabarmos com essa farsa. Sou sua mulher e todos tem que saber disso. E não vão nos separar porque somos muito eficientes juntos e a diretoria sabe disso. Se voce não gostou, pode mudar pra minha casa. E se fizer isso vou atrás. Mas daqui de perto de voce não saio.

-Ta bem, Meu doce Anjinho. Ter voce aqui de vez será maravilhoso. E eu tambem ja estava ficando incomodado de na melhor hora ter que ver voce voltar pra sua casa.

-Agora somos marido e esposa. E viveremos assim. Tomei posse de tudo que é seu e estou te dando tudo o que é meu.

-Vem cá, Anjinho. Tenho uma coisinha para voce.

Fomos para o quarto e peguei uma caixinha de veludo e abri mostrando para ela. Dentro tinha uma correntinha de ouro com um pingente em forma de pergaminho desenrolado com quatro pequenos diamantes, um em cada canto, onde mandei gravar:

"DE QUEM AMA PARA QUEM É AMADA"

-Que coisa mais linda. Onde voce arrumou tempo para comprar isso, meu amor?

-Para coisas importantes sempre arrumamos tempo.

-Coloca aqui no meu pescoço. É ouro? Voce sabe que sou alérgica a semi-jóias.

-Meu Doce Anjinho, voce é preciosa demais para que eu te dê uma semi-jóia.

-Nunca mais vou tirar isto do meu pescoço. É meu tesouro.

Nos abraçamos e nos beijamos. Mais uma vez consegui colocar felicidade na vida dela. Era só para isso que eu queria viver: Fazê-la feliz.

-Vem cá ver uma coisa que fiz.

E me puxou pela mão até o jardim de inverno.  Era cada um com uma surpresinha para o outro. Ela havia arrumado as flores em forma de coração, e no centro escreveu com pedrinhas:

"I LOVE YOU"

Aquilo me emocionou demais. Tanto capricho. Tanta dedicação. Um gesto tão simples. A abracei forte e emocionado.

-Ao longo de todos esses meses voce tem me dado flores todas as sextas feiras. Hoje eu tambem quis fazer isso, de uma forma diferente.

-Ficou lindo, Alanya. Uma lágrima desceu pelo meu rosto. Essa mulher conseguia me fazer chorar de alegria.

-Venha jantar, Docinho. Fiz algo especial.

Dentre os seus muitos dotes estava a culinária. Ela cozinhava muitissimo bem. Preparou uns filés de Haddock, que é um peixe defumado, e eu adoro, com purê de batatas.

-Maravilhoso. Anjinho, você é tudo de bom.

-Sou apenas aquilo que voce merece!

O jantar estava maravilhoso. Velas iluminando a mesa e dois arranjos de velas na sala. Nada mais romântico. Seus maravilhosos olhos azuis brilhavam demais sob a luz das velas. Eu mais uma vez estava maravilhado com a beleza daquela mulher.

-Alanya, qualquer dia desses vamos até a Ucrânia?

-Fazer o que lá?

-Quero conhecer seus pais. Quero agradecê-los por terem feito você! Quero ser amigo deles e amá-los como se fossem meus pais. Afinal, são os pais da mulher que eu amo.

-Voce vai adorar minha mãe. Ela é linda. E meu pai também. É um homem muito inteligente e habilidoso. Sei que voces se darão muito bem. Vendo a forma como voce me trata, se apaixonarão por voce. Cuidado apenas com minhas irmãs. São como cães de guarda e muito ciumentas.

-Elas mordem?

-Mordem, batem, arranham, gritam, jogam coisas...

-Levaremos coleiras e focinheiras.

-Não precisa. Elas gostarão de voce. Impossivel não gostar de voce, meu grande amor. E eu já falei de voce para eles. Mandei e-mails e mais e-mails para eles só falando de voce. Acho que já te conhecem melhor que eu mesma de tanto que falei de voce. Minha mãe está curiosa para conhecer o genro.

-Tem que levar presentes né?

-Sempre. É uma tradição na minha terra. Voce vai gostar da Ucrânia.

-Tem mulher bonita lá?

Ganhei um tapa por essa pergunta.

-Tem eu, serve?

-Dá pro gasto!

Outro tapa estalou no meu braço.

-Anjinho, eu vim aqui pra comer ou pra apanhar?

-Desculpe, meu amor.

-Tá ardendo... Dá beijo...

E ela sentou no meu colo e me deu muitos beijos.

-Estou feliz por voce estar aqui, Meu Anjinho. Sua idéia foi boa. Mas está ficando tarde e já é hora de voce voltar para a sua casa.

E ela subiu para o quarto. Fui atrás e ela ja estava aninhadinha na cama.

-Viu? Fui pra casa... Agora venha cá, meu marido. Quero deitar no seu ombro e te agarrar um poucão. Adorei dormir aqui.

-Quem disse que vou te deixar dormir, menina levada.

Comecei a relembrar dos primeiros dias em que conheci Alanya, das coisas feias que passaram pela minha cabeça. Jamais eu poderia imaginar tudo isso que estavamos vivendo. Esse amor imenso que nasceu em nós. E agora moravamos juntos. E por opção dela. Nem nos meus sonhos mais perversos eu imaginaria tudo isso. E eu estava feliz, embora um pouco preocupado. Eu precisava inventar uma forma de enrolar a diretoria da empresa.

-Doçura, coloca aquele filme que eu adoro. Em algum lugar do passado.

Coloquei o filme.

-Doçura, quando nos casarmos vamos tocar essa música na cerimônia?

-Anjinho, voce disse que nunca iria casar.

-É que eu não tinha encontrado voce. Agora eu quero ser sua esposa e sonho com o nosso casamento. Quero passar o resto da minha vida com voce. Quero viver para te fazer feliz. Imagina eu vestida de noiva. Nem preciso de véu.

- No dia em que voce nasceu, os anjos se reuniram e decidiram criar um sonho real. Então polvilharam pó de lua nos seus cabelos de ouro e brilho das estrelas em seus olhos azuis.

Essa é a letra de uma música dos "Carpenters" que eu adoro demais. Chama-se "Close to You". Eu particularmente acho esta música uma obra de arte. Levantei da cama e desci sem falar nada. Liguei o som e coloquei esta música para tocar. Subi e puxei Alanya pela mão.

-Dança comigo, Meu doce Anjinho.

Rodopiávamos apaixonadamente pela sala ao som daquela música linda. E o meu amor por ela só aumentava. Fechando meus olhos consigo sentí-la coladinha em mim, seu calor, seu perfume. É uma lembrança que eu me recuso a esquecer. Eu não imaginava que algum dia eu seria capaz de amar tanto uma mulher, como amava Alanya. Nunca mais encontrei um par tão perfeito para dançar. O que eu sentia ia muito além do amor, da amizade, do desejo. O que eu sentia por ela ia muito além da alma.

E eu não imaginava quanto sacrifício esse amor exigiria de mim.

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